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domingo, 12 de junho de 2011

Curriculum vitae

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Drogas

Droga é um vicio muito perigoso que pode levar até a morte.Quando você entra para as drogas é dificil sair mas você tem que lutar e não deixa as drogas acabar com você.Nessa hora que você precisa de amigos de verdade não aqueles que só quer seu mal,mas aqueles que querem seu bem.Quando você entrar para as drogas você perde todos,até sua família mas você pode reverte isso.
 Não esperimente cigarros,bebidase craque,ele causa dependencia e pode matar

aluno: Fabio Avelino dos Santos

sexta-feira, 4 de março de 2011

Resenha do Filme Cidadão Kane

Resenha



José Cláudio Diniz Couto
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação, Administração e Comunicação
Universidade São Marcos
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Filme: Cidadão Kane

Título Original: Citizen Kane
Gênero: Drama
Duração: 119 min.
Ano: EUA - 1941
Distribuidora: RKO Radio Pictures Inc.
Direção: Orson Welles
Roteiro: Herman J. Mankiewicz e Orson Welles


Considerado por alguns como o melhor filme de todos os tempos, Cidadão Kane (RKO, 1941) conta a história do magnata da comunicação Charles Foster Kane, um americano, que consegue fama e dinheiro. O filme pode ter sido baseado na trajetória de vida do milionário Willian Randolph Hearst, apesar de Welles nunca ter confirmado.
O menino Kane tinha uma vida humilde, até sua mãe ganhar uma mina contendo ouro e mudanças importantes passarem a ocorrer, uma delas foi quando um banqueiro multimilionário assumiu sua educação. Uma lembrança residual irá acompanhá-lo pela vida chegando ao leito de morte, momento em que pronuncia a palavra rusebud. Este termo refere-se a um carrinho com o qual brincava na época em que saiu de casa para morar com o banqueiro. Mais tarde ao herdar ações, imóveis e outros bens; entre eles, um jornal falido: The Inquirer que reformulou contratando os principais jornalistas, a ponto de torná-lo influente e, de certa forma, sensacionalista. O sucesso do jornal deu à Kane notoriedade nacional, com isso passou a gozar de grande prestigio, inclusive entre as camadas mais populares.
Kane candidatou-se ao Governo do Estado de Nova York, mas perdeu devido ao escândalo amoroso, delatado pelo concorrente: o “caso” de Kane com Susan Alexander, que viria a ser sua segunda esposa – a primeira havia sido a sobrinha do presidente dos EUA, Emily Norton.
Com o passar dos anos Kane torna-se cada vez hostil e solitário. Construiu e viveu em um palácio, praticamente um museu com coleções de obras de arte caríssimas como esculturas pinturas. Ele vai entrando em depressão e no final sua mulher, Susan, cansada, resolve abandoná-lo.
No leito de morte Charles Foster Kane pronuncia a palavra rusebud, deixando as outras personagens intrigadas - nunca irão desvendar o mistério da derradeira palavra de Kane. Welles revela somente aos expectadores e assim mesmo no final da trama, quando os pertences de Kane são queimados, entre eles um carrinho com o nome estampado RUSEBUD –
No filme não há linearidade, a morte de Kane ocorre já nas primeiras cenas, a partir daí o termo rusebud e as buscas de seu significado dão à trama o tom instigante que somente Orson Welles para conseguir. O significado da palavra só ocorrerá a partir de profunda meditação, após o filme, por parte do expectador a respeito dos diversos aspectos do filme: A emoção conferida pelo brinquedo seria o portal de entrada de Kane para o calor da atmosfera da infância distante e quente, repleta de afeto simples, quase uterino. Muitos de nós experimentamos em meio às atribulações a busca de um refugio intocado pleno de sensações puras. Pureza que serviria de alento à personagem poderosa que transita em um mundo de ética própria; dotado de relacionamentos intrincados onde reinam maldade, mesquinhez e vingança. Rusebud seria a parte humana de Kane, e de muitos outros da vida real do tempo de Welles e dos nossos tempos. Se no passado Hearst poderia ter servido de inspiração para o filme. Na hipótese do autor ter sido brasileiro, Châteaubriant da mesma época teria servido de modelo. Se Welles estivesse produzindo hoje, Marinho seria uma fonte de inspiração.
Todos nós, bons ou não, tivemos uma infância, cuja lembrança ou o apego a um de seus aspectos, muitas vezes, remetem-nos a um traço de humanidade, um alento diante de tantas atribulações. Na trama, rusebud será, talvez, um tênue traço de decência que ligará a personagem, de sua atmosfera artificial -ligada ao poder- à sua intocada humanidade.
A pronúncia do termo rusebud por Kane em seu leito de morte talvez remeta algum expectador à questão da transitoriedade da vida e sua relação com a impotência do homem versos a letalidade do poder da morte, um mistér somente divino. A morte igualará a todos nós, sem se importar com o significado de nossas relações. Se de um lado, ao lembrar-se do brinquedo de sua infância Kane teve sua dor atenuada no momento extremo de sua morte, do outro, o diálogo do poder homem com o poder da morte é sempre desigual. Precisamente neste momento a personagem viu seu poderio subjugado por um fator que afeta e iguala a todos. Resumiu-se Kane então às fimbrias de sua infância, quando não tinha poder, somente sonhos: dos cacos de vida de que se valeu - dentre tantos outros valores colecionados durante sua vida de fausto – escolheu aquilo que parece ser o mais singelo: um brinquedo, entretanto uma forte representação da pureza de sua essência.