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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sexo

Sexo na Adolescência

Muitas pessoas se preocupam com este tema. Entretanto existem muitas coisas a se falar sobre este assunto: geralmente quando a pessoas experimentam antes da maturidade ocorrem conseqüências inesperadas. Infelizmente alguns adquirem doenças sexuais até durante a primeira vez, outras pessoas se deparam com a paternidade inesperada, ou uma gravidez indesejada, tudo isso trás problemas que a vida levará anos para resolver. Se as pessoas experimentassem somente quando estivessem maduras suficientes para assumir os riscos e a responsabilidade de seus atos, ou seja preparadas, muitos dos problemas modernos seriam evitados. http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?11

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Entrevista Nova Escola

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Baixo Calão

Quem já reparou que só o professor não pode ficar nervoso e soltar seus palavrões?

Mas o professor pode ouvir durante o dia todo uma série de palavras bonitas que não pode incorporar em seu vernáculo, pois se o fizer será imediatamente recriminado por todos que o rodeiam. 

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Agua e Poluicão

A agua é dos bens mais preciosos da natureza. Todos os seres vivos precisam dela para continuar a existir. Nós seres humanos somos as criaturas que mais carecem de agua para as atividades que desenvolvemos.
Não apenas para beber, como também para atividades corriqueiras como lavar as mãos, dar descarga, um banho, preparar alimentos e tantas outras coisas.
Entretanto justamente quem mais precisa de agua é quem mais desperdiça. O desperdício não se caracteriza em lavar a calçada ou o carro, esta aí também, mas pode ser sentido com muita mais força nas atitudes irresponsáveis das indústrias de descontaminação e tratamento de esgotos, como a SABESP, por exemplo, que cobra pelo serviço de tratamento e não o executa.
Ao descartar o esgoto in natura nos rios, lagos e mares estaremos realizando o maior desperdício de agua que se pode imaginar. Muito maior que aqueles apregoados pela mídia como as torneiras que pingam e os desperdicios pontuais que costumam acontecer. Preservar a agua é preservar a vegetação do topo dos morros, e a higidez da agua dos dos rios, lagos e mares, um mister das políticas publicas.
Devemos controlar os gastos é verdade, mas o governo deve fazer a parte dele: controlar rigorosamente as empresas que são regiamente pagas pelo povo para fazer completamente o que fazem pela metade. O que vem acontecendo na pratica pode ser considerado um estelionato no bolso das donas de casa. Uma afronta à nossa inteligência.
 A SABESP cobra em dobro pelo que consumimos de agua potável, justamente para dar o tratamento ao esgoto. Como justifica os rios os serem tão poluídos em todo o Estado de São Paulo? como justifica a Represa Billings  e o estuário de todo o litoral paulista serem tão poluídos?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Visite o Site

Visite o Site http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/categoria.php?pag=2&cat=92

Couto Brothers: WE'VE GOT A NEW WEBSITE

Couto Brothers: WE'VE GOT A NEW WEBSITE: "Hey all, Our long-awaited new website design is finally up! The site is still under minor construction, and we are always adding new artwor..."
http://www.coutoart.com/

domingo, 10 de outubro de 2010

Pirajá da Silva o Descobridor do Schistosoma mansoni

Pirajá da Silva morou e trabalhou na cidade do Salvador (Estado da Bahia), tinha precárias condições de trabalho por isso suas descobertas denotaram suas genialidades e da tenacidade no enfrentamento das muitas condições adversas. No ano, em 23 de agosto de 1907, Pirajá da Silva no seu  humilde laboratório no Hospital Santa Isabel da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, então hospital de ensino da Fameb, observou o Treponema pallidum pela primeira vez no Estado da Bahia e, provavelmente, no Brasil. Pirajá da Silva usou cortes hispatológicos de lesões sifilíticas e estava fundamentado na descrição original, em 1905, do agente etiológico da sífilis por Schaudinn & Hoffmann.
Portanto, o seu tempo e as condições locais em nada favoreciam a descoberta de Pirajá da Silva. Não obstante, isso é ainda mais inimaginável se o examinador estiver impregnado dos atuais valores impostos pelo mercado da tecnociência. Mais ainda porque Pirajá da Silva estudava um espécime biológico ainda hoje pouco valorizado, as fezes humanas, e tinha como equipamento mais sofisticado um microscópio do tipo mono ocular; no entanto, era sólida a formação de Pirajá da Silva em Microbiologia e Parasitologia, inclusive considerando os seus relatórios de pesquisa e suas publicações. No início do ano de 1908, o prof. Pirajá da Silva passou a estudar todos os espécimes fecais dos pacientes internados nas enfermarias da 1ª Cadeira de Clínica Médica da Fameb, sediadas no Hospital Santa Isabel. Por essa ocasião, chamou sua atenção em alguns espécimes fecais examinados a presença de ovos com espículo lateral, observação que anteriormente, em 1904, não havia investigado detidamente. A partir daí passou a rever a literatura e pôde constatar a contenda, nascida no Egito e com ardorosos defensores na Inglaterra e na Alemanha, sobre a origem daquele elemento parasitário. Aqueles defensores da teoria unicista teoricamente julgavam os ovos observados nas fezes com espículo, terminal ou lateral, como originados de fêmeas do S. haematobium, sendo os laterais quando essas estavam não-fecundadas. Já os defensores da outra teoria, dita dualista, propugnavam, mas também sem fundamentação científica, que cada tipo de ovo era originado de duas diferentes espécies do gênero Schistosoma. Assim era o saber daquele momento, mas Pirajá da Silva não ficou partidário de nenhuma das teorias e resolveu obter mais resultados; por um lado, continuou os exames coproparasitológicos e formulou duas perguntas científicas:
Se os ovos de espículo lateral e terminal eram do S. haematobium, conforme a teoria unicista, estariam presentes na urina dos pacientes? Os pacientes com ovos com espículo lateral nas fezes, também os tinham na urina?
- Para responder a primeira pergunta, passou a investigar a urina dos pacientes com hematúria, pois conhecia a clínica da esquistossomose hematóbica, e também na Bahia o dr. Otto Wucherer, descobridor da filariose pela Wuchereria bancrofti, anos antes não havia observado ovos nas muitas urinas examinadas.
- Concomitantemente, buscava responder a segunda pergunta e após analisar o sedimento da urina centrifugada dos portadores de ovos com espículo lateral nas fezes também não encontrou “um só ovo” com àquela característica morfológica.
- Na época dos estudos de Pirajá da Silva, em 1908, havia quase 6 décadas da proibição do tráfico de escravos para o Brasil pela Coroa Inglesa e um pouco mais de 3 décadas da cessação completa do tráfico.
- Assim, e também considerando a reduzida expectativa de vida reinante no século XIX, especialmente entre a população escrava, deviam ser raras em 1908 as pessoas ex-escravas oriundas de regiões do continente africano com ocorrência do S. haematobium, desde que no Brasil não havia seu hospedeiro intermediário (moluscos do gênero Bulinus) e, portanto, não ocorria a transmissão ativa dessa espécie de Schistosoma.
      Com àquelas duas preciosas respostas às suas indagações, prof. Pirajá da Silva passou a estudar mais minuciosamente a morfologia do ovo, nas fezes, nas raspagens de mucosa retal ou em cortes histológicos de espécimes obtidos por biópsia da mucosa retal; em paralelo, também estudava o embrião (miracídio) intra-ovular e verificou que o modo da sua eclosão e a forma adquirida durante esse evento em muito diferenciava da descrita no ovo do S. haematobium.
       Contudo, o prof. Pirajá da Silva, como relatou ao prof. Itazil Benicio dos Santos (Vida e obra de Pirajá da Silva. José Olympio: Rio de Janeiro, 1977), ainda relutava sobre a solidez daquelas observações e assim continuou buscando provas mais incontestáveis para melhor caracterizar a nova espécie do gênero Schistosoma.
       A primeira delas ocorreu em 8 de julho de 1908, por ocasião da necropsia de um dos seus pacientes com ovos de espículo lateral nas fezes. Nesse paciente, em vários cortes histológicos da parede da bexiga não encontrou ovos com espículo lateral, os quais foram abundantes nos cortes da parede do reto-sigmóide.
       Falecido um outro paciente, também eliminador de ovos com espículo lateral, os exames hispatológicos conduzidos pelo prof. Pirajá da Silva mostraram os mesmos achados, mas nesse segundo caso observou pela primeira vez, em 25 de agosto de 1908, o verme adulto no sistema porta e nas suas ramificações.
       Mas só no terceiro caso necropsiado, em 4 de setembro daquele ano, foi possível diferenciar o macho da fêmea no sistema porta, pelo isolamento de 1 fêmea, 19 machos e mais dois casais de vermes, no total de 24 exemplares. Para completar suas observações, Pirajá da Silva encontrou nas 3 fêmeas isoladas, desse terceiro caso necropsiado, os seus úteros com ovos com espículo lateral.
       Em síntese, as observações posteriores, realizadas em outros pacientes necropsiados, deram a segurança ao prof. Pirajá da Silva de encaminhar e publicar três trabalhos na revista Brazil Médico, ao longo de 1908, e o quarto nesse mesmo ano no Archives de Parasitologie.
       Nessas quatro publicações, prof. Pirajá da Silva mostra com simplicidade e elegância quais as principais diferenças entre essa nova espécie do gênero Schistosoma e o S. haematobium, só depois denominada de S. mansoni.
        A contenda seguinte, movida pelo não reconhecimento da descoberta do prof. Pirajá da Silva, é mais própria do embate entre a Ciência e anti-ciência ou daqueles pesquisadores auto-avaliados como dominadores ou proprietários da Ciência versus os julgados dominados ou oriundos de lugares supostamente periféricos, como ainda muitos do dito primeiro mundo consideram os pesquisadores brasileiros.
        Por isso, é muito atual a leitura do livro de Edgard de Cerqueira Falcão (Pirajá da Silva: o incontestável descobridor do Schistosoma mansoni. Revista dos Tribunais: São Paulo, 1959) e um outro, supracitado, de Itazil Benicio dos Santos, nos quais é mostrada como a salutar e desejável dúvida sobre um novo dado científico é substituída pela contenda originada na vaidade humana.
         Felizmente enquanto viveu o prof. Pirajá da Silva (1873-1961) foi considerado o “incontestável descobridor do Schistosoma mansoni”, e em 28 de Janeiro de 1955 recebeu também esse reconhecimento do Tropeninstitut de Hamburgo, por meio da Medalha Bernhard Nocht, pelo conjunto das suas contribuições à Medicina Tropical, cerimônia essa realizada no anfiteatro do Departamento de Parasitologia da Faculdade de Medicina da USP
    Visite as revistas http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_alerta_v14_n9.pdf
                         http://historyofmedicine.blogspot.com/2007/12/piraj-da-silva-quase-desconhecido-na.html

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Edgard de Cerqueira Falcão

Ciência e Sonho

Hoje em dia o sujeito para ser cientista deve freqüentar os cursos que vem depois da graduação como é o caso do mestrado e do doutorado. Entretanto antigamente alguns cientistas faziam suas pesquisas independentemente, no recesso de seu lar, e suas publicações atestavam seu rigor cientifico. Dr. Edgard de Cerqueira Falcão foi um desses cientistas, publicou sobre uma infinidade de assuntos, entre eles artes, fotografia, medicina, história. Dado seu interesse por tantos ramos, o Doutor Edgard também era reconhecido como polímata. Se hoje temos muitas facilidades para publicar nossos textos naquele tempo, o Dr. Edgard Falcão escrevia com caneta com letra indefectível, sem erros e emendas, mandava o material para a gráfica de onde saíram seus mais de cem livros impressos. Toda essa publicação era paga com o trabalho de Edgard em sua clinica oftalmologia, onde recomendava os óculos de grau e fazia suas operações complicadas.  Edgard realizou seus sonhos financiando-os com seu próprio bolso, se houvesse uma universidade para financiar, teria publicado muito mais em sua vida de cientista trabalhador. Em sua obra Edgard falcão comprovou a pericia do brasileiro em quase todos os aspectos da evolução cientifica do homem, é o caso da conquista do ar, no campo das descobertas, não somente de Santos Dumont, como de Augusto Severo, Bartolomeu de Gusmão, entre tantos outros, como no campo da medicina em que Dr. Edgard Falcão prova que brasileiros como Gaspar Vianna, Osvaldo Cruz eram grandes cientistas médicos que descobriram importantes aspectos que contribuíram para a evolução da medicina. Assim como Jose Bonifacio de Andrada e Silva cientista que trabalhou muito para a evolução da ciência. Edgard Falcão, grande brasileiro que provou com seu trabalho o que provou com sua vida que o sonho mantém a luta pela descoberta cientifica. 

Mudas de Araucarias

A Escola Primeiro de Maio e  Escola Benedito Claudio da Silva
Produzem mudas de plantas a Mata Atlântica para doação a ONG
De Reflorestamento Ambiental

Os Alunos das Escolas Primeiro de Maio e Benedito Claudio Da Silva de Guarujá produziram mudas de araucárias com a intenção de doar para ONG de reflorestamento ambiental. A araucária é uma arvore do tipo pinheiro, também conhecido como pinheiro do Paraná, as florestas de araucárias chegaram a cobrir grande parte do Brasil, porem hoje seus exemplares estão espalhados não se constituindo mais em bioma natural, devido à ocupação de seu solo original pelo homem. Preocupados com esta situação e sabendo da importância desse vegetal para o tecido vivo que dela depende, os alunos dessas instituições municipais de Guarujá iniciaram os plantios das sementes de araucárias em maio de 2010, e hoje possuem mudas prontas para doação.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

RESENHA STUART HALL

RESENHA

Hall, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomás Tadeu da Silva, Guaraciara Lopes Louro. 6. Ed. Rio de Janeiro: DP&A. 103 p. Titulo original: The question of cultural identity


José Cláudio Diniz Couto
Mestrando do Programa de Pós-graduação em Educação, Administração e Comunicação
Universidade São Marcos
   
        Stuart Hall nasceu em três de fevereiro de 1932, em Kingston na Jamaica, Professor de sociologia da Open University entre 1979 e 1997, vive desde 1951 na Inglaterra (diáspora).
        Sua obra conta com os títulos: The hard Road to Renewal(1988), Resistance Through Rituals (1989), The Formation of Modernity (1992), Questions of Cultural Identity (1996) e Cultural Representations and Signifying Practices (1997), onde propõe um rico diálogo com outros cientistas.
        Neste trabalho busca definir o conceito da modernidade tardia, ou pós-modernidade, e a crise de identidade que, aos poucos, através das transformações sociais, desloca o sujeito do iluminismo, que tinha como base a centralidade na racionalidade humana, transitando pelo sujeito sociológico e sua interação com o mundo, e o sujeito pós-moderno, aquele que veio a surgir a partir 1989, composto por várias identidades. Estribado em autores como Antony Giddens, David Harvey, Ernest Laclau, Marx e Engels, Hall não vê as sociedades modernas dotadas de organização central, um “deslocamento” no entender de Laclau. A Partir desse conceito, a identidade passa a ter um caráter diferenciado em relação à identidade iluminista e sociológica, já que desarticula estabilidades e possibilita o surgimento de novas identidades que, na visão do autor, são abertas, contraditórias, plurais e fragmentadas, donde o sujeito pós-moderno. A seguir as três concepções de identidade:
  • Sujeito do iluminismo: nessa concepção o sujeito é totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, cujo centro nascia e se desenvolvia com ele permanecendo o mesmo. Esse centro era a identidade do sujeito.
  • Sujeito sociológico: a noção desse sujeito refletia a crescente complexidade do mundo moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e auto-suficiente, mas era formado na relação com outras pessoas importantes para ele.
  • Sujeito pós-moderno: nessa concepção o sujeito não possui uma identidade definida, esta é transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. O sujeito assume diferentes identidades em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um eu coerente.
        Quando cita Freud, Lacan, Saussure e Foucault, identificam-os como os grandes colaboradores do descentramento do sujeito, já que através dos seus diferentes pontos de vista, colocam as variadas possibilidades identitárias do individuo.
        Stuart Hall ressalta o impacto causado pelo feminismo não só no campo teórico, mas especialmente, como movimento social que segundo ele, caracterizou-se como um dos principais descentramentos dos conceitos de sujeito iluminista e sociológico, surgindo como um dos novos movimentos sociais que politizou a identidade feminina, contribuindo de forma importante para a contestação ao antigo patriarcalismo, uma ferramenta que liberou não só as mulheres que passaram a buscar enfaticamente seus direitos, como também as minorias, e a própria sociedade de uma forma geral.
        Hall trata as culturas nacionais como comunidades imaginadas, ilustrando o sujeito como conjunto de fragmentos de suas identidades culturais, para ele esta noção unificadora da cultura nacional é questionada, pois quando se afirma que grande parte das nações teria sido formada por processos, às vezes, violentos de conquista de diferentes povos, de diversas classes sociais, assim como de diversas etnias e gêneros; nação pode ser entendida como um sistema e representação cultural que extrapola o ser social e seus direitos, pois as pessoas não são apenas cidadãs, já que partilham de um imenso número de significados, de modo que os diferentes membros das culturas nacionais, independendo de sua raça, classe e gênero, seriam unificados numa única identidade cultural. Da mesma forma que afirma que raça não é uma categoria biológica, pois este tipo de afirmação não tem sustentação científica, entretanto, enxerga-a como uma categoria discursiva que abrange entre outros fatores as práticas sociais, características físicas como marcas simbólicas, visando diferenciar socialmente um grupo de outro, além da fala e pensamento. Depreende-se daí que se a grande maioria das nações é formada por diversos povos, seria um equívoco determinar a raça como fator de nacionalidade, donde a identidade nacional ser afeta aos jogos de poder e das contradições internas, já que conta com significativa diversidade em sua composição.
        Para Hall, a globalização consiste em permeabilidade das fronteiras nacionais como fator de unificação do mundo, donde as identidades culturais em vias de homogeneização, e o caráter pós-moderno. Por outro lado a resistência à globalização por identidades nacionais e locais, e a decadência de identidades nacionais, possibilitam o aparecimento de novas identidades, a partir de três contratendências:
1)      A fascinação pela diferença;
2)      A globalização distribuída desigualmente;
3)      A ocidentalização da globalização.
        Nas periferias, onde a tradição, caracterizada pela estabilidade, é desafiada pela tradução cultural, percebe-se o fortalecimento das identidades locais, ou produção de novas identidades, seria mais uma faceta da globalização, o efeito pluralizador de Hall.
        Hall nos apresenta diferentes visões a cerca de sincretismo, hibridismo e fundamentalismo respectivamente:
·         Acreditam que os sincretismos são importantes fontes criadoras de novas culturas;
·         Afirmam que o relativismo que envolve o hibridismo poderia flexibilizar a pureza de suas vertentes.
·         Entendem o fundamentalismo como tentativa do resgate de identidades purificadas, baseado justamente no aprofundamento das tradições.
        Conclui sua obra explicando que a globalização produz de forma paulatina, deslocamentos variados e contraditórios que contribuem inclusive para o descentramento do ocidente. Eis a importância de sua pesquisa: leitura excelente, ferramenta indispensável para a compreensão do homem pós-moderno e seu cenário

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Animais Eu e Animais

Animais, Eu e os Animais:
Eu gosto de animais eu tenho um gato um cachorro e ele brinca muito corre atrás do outro o dia inteiro, Ele era muito brincalhão morreu. (Leonardo Amaro N 16 6 G)
A Humanidade não consegue preservar a natureza, queimam as matas. Estes dias eu vi no jornal o homem ateou fogo no cavalo, o corpo do cavalo estava todo queimado, Os veterinários ajudaram ao cavalo e ele não morreu. Isso é só para ver como a Humanidade age não cuida da natureza. As rinhas de cachorros, muitas vezes alguns giram o gato pelo rabo. Para fazer estas coisas com os animais que tanto ajudam ao homem: o cachorro guarda as coisas, do ladrão, o Gato evita a praga de ratos e o cavalo, ajuda a caminhar, a vaca da o leite e a carne. Por que não respeitá-los? (Willian 34 6 G)
A humanidade as vezes é muito cruel com os animais e com a natureza: matam sem piedade. Desmatam a caatinga e as florestas da Amazônia, Os animais sofrem muito com tudo isso, são fracos e sua morte muito dolorosa. (Vinicius Jordam Gomes de Jesus 30 6 G)
Humanidade somos nós e a natureza, os animais e a humanidade. É a vida que Deus deu a todos nós. A lágrima do boi uma tristeza inerente da dor de perder a vida para alimentar o muno. A natureza é o berço da humanidade. As florestas são o lar i imenso dos animais que se encontram são onças, sagüis, bugio-preto e jacarés. (Bruno Santos Lima  01 6G)
O mundo não é o que a gente pensa
Em cem anos talvez os animais e mesmo
Seres humanos estarem enterrados no lixo.
Nada iremos aproveitar.
Como poderemos ajudar de forma que mudemos as
Coisas que ai está.
Animais que morrem.
Tanto dependemos deles; carne,  mistura e leite?
(Vitoria Alves da Silva 32 6 G)
Sabemos mais das outras coisas do céu, do que propriamente do interior de nosso planeta
(Wagner Cruz dos Santos 32 6G)
Gosto muito da Humanidade, entretanto tem umas coisinhas que precisamos acertar: não jogue lixo para não prejudicar a natureza (Vinicius Ribeiro de Souza 29 6 G)
A natureza precisa de muitos cuidados tipo: os animais, eles e a humanidade. Mas os humanos estragam a Mata Atlântica e eles não têm onde morar. A Mata Atlântica precisa de ajuda de muitos se não os animais morrem tem vários animais. Tipo: o macaco, o sapo, papagaio, cavalo, égua, cobra, gato e o cachorro. Eles fazem a Mata Atlântica.
Os animais precisam muitos tipos de alimentos animais tem que ter muito paz se os humanos deixar os animais sobreviverem, eles protegeriam a Mata Atlântica. (Queila Coimbra Farias n 23  6 G)
A Tristeza da vê a vaca triste ela vendo o boi morrer o filho dela ela dá leite para nós, todo o mundo e vendo o filho morrendo com quatro anos para dar carne, vendo a lagrima caindo do olho da vaca (Thawany Ferreira Silva 6 G 26)
Os homens destroem a natureza porque eles  destroem as arvores poluem os rios, se as pessoas continuarem derrub3eando tantas arvores nos poderemos ate morrer por falta de oxigênio. Os animais estão sendo mortas para virar comida, tantas pessoas precisando necessitando de comida passando fome e quem tem estraga e vai para o lixo (Marcel n 10 6 G)
Natureza fica com os animais da África, do outros animais de fazenda com animais selvagem, lutam pela sobrevivência e inclusive os animais carnívoros. (Caio 2 6 G)
A humanidade da natureza é muito boa cuidam da floresta dos animais e da floresta dos animais e da nossa alimentação não fazendo queimada ou matando a natureza as plantas evitam as enchentes. A araucária, a jaca a cuca e as plantas da mata Atlântica. Vamos cuidar dos bois, cavalo e vaca, cuidarem da caatinga das cobras. (Edgar Santos da Silva n 7 6 G)
Humanidade dos Animais
Você sabe que o animal é muito importante para muitas crianças que são especiais, os cachorros e os cavalos ou outro animal, outro dia eu vi a reportagem e fiquei interessada, uma menina que tinha Síndrome de Down ficava muito feliz quando via o cachorro e outros animais, muita gente maltrata os animais, mas eu sei que eles são especiais para mim. (Nathaly Santos da Rocha 25 6F)
As Humanidades dos animais são muito importantes para eu e para as pessoas, os animais são muito lindos nas florestas, têm muitas plantas, isso quer humanidade dos animais. Nas florestas são muito importantes para os animais ficam em cima das arvores tem uns que não ficam. As plantas são muito importantes para nós todos tem quem cuidan(Lidiane Soares Souza 6F n 8)
A humanidade dos animais é muito importante para nós e se muitos animais morem é improvável que nação vai ter mais comida e tem muitas espécies como o tigre branco, a vaca é que mais alimento dá as pessoas e quando a vaca prenha vê o bezerro morrer lágrimas do olho. (Tiago Santos  33 6 F)
Os animais vivem nas florestas outros ficam jogados pelas ruas sem o devido cuidado, deveríamos ter mais atenção a eles: pássaro cachorro onça. Os homens poluem tudo e a poluição prejudica as florestas, tudo isso prejudica aos próprios seres humanos (Narrima Marcelly 23 6 F)
Você sabia que quando o mico leão dourado fica assustado ou irritado os pelos de sua juba parecem ser maiores é uma forma de os afastarem seus inimigos. As fêmeas são geralmente maiores que os machos e a explicação para isso é que elas passam a maior parte do tempo alimentando-se para ter energia durante a gestação enquanto o bicho esta cuidando outros filhotes ainda os ensinam  (Miriam Flauzino 19  6F).
Para mim os animais têm que ser considerados como humanos, tem muita gente que considera seu bicho de estimação como ser humano. Eles são como se fossem da nossa família, gatos, cachorros e pássaros. Eles também são seres vivos, como as plantas também são. Os animais também precisam se água e comida para viver, assim como nós (Rafael da Siva Santos 29 6f).
O animal também tem sentimentos e devemos tratá-los muito bem, como a vaca que dá leite para os humanos mas nem pode amamentar o seu bezerro, mas também não acho que animais são humanos, só acho que tratar bem os animais como o porco ele só dão comida para matá-lo para vendê-lo, a galinha só ela crescer um pouco e já querem vendê-la. E também não só devemos cuidar dos animais das plantas da floresta porque se não cuidarmos da floresta como que os animais iriam viver e também se não cuidarmos da reciclagem não dá para cuidar da floresta que não dá para cuidar dos animais (Sabrina 31 6 F)
Versos
Os Passarinhos
Os pássaros voam e voam
Não param de voar
Voam alto
Voam baixo
Não importa a altura
(Jessé  7  6 F)

Uma vez eu estava passando na rua e o moleque tava correndo de bicicleta e atropelou o cachorro que machucou na pata , quando ele passou outra vez o cachorro mordeu ele, aí os pais dele pegaram e mataram o animal. Eu fui ao zoológico e os meninos estavam jogando comida para o animal que comeu alguém falou que não podia, mas mesmo assim ele continuou jogando. Achei feito o que ele fez. Vi tanta coisa lá lobo, leão, tartaruga girafa. Um menino tinha um galo e um gato que foi para a rua de trás.  E foi para a casa da vizinha e voltou tonto e caiu da escada dela e ela veio me chamar La em casa e eu fui La e o gato tinha comido chumbinho e morreu. Eu e minha família ficamos muito tristes (Ricardo Patrick Freitas de O. n 30)
Em minha opinião, os animais são um pouco mais racionais do que os humanos apesar de muitas pessoas falarem, que os humanos são os únicos seres racionais. Na verdade não são por que como pode explicar o sentimento de um bicho de estimação por seu dono ou dono. Quando uma pessoa bate em um cachorro ela ou ele não pensa que o animal ira sofrer. Para algumas pessoas quando um animal mata o outro é crueldade por que faz parte de sua cadeia alimentar e faz parte de sua sobrevivência (Maria Rita F de Melo 15 6 F).
O Ser Humano cria animais e plantas para uso, numa visão onde o homem se torna utilitarista ou seja utiliza a natureza em seu favor (Vitoria 34 6 F).
Como podemos ver os animais como humanos? Simples não podemos maltratar os animais eles também tem sentimento. Por exemplo: uma cadela acabou de ter um filhote e a pessoas não tem como criar ele ai a pessoa vai coloca o bichinho na caixa e deixa-o na rua. Como prevenir isso? Fazer a castração poderá ser a solução. Os animais ficam tristes quando a pessoas mata seus filhotes a ingratidão humana é tão grande e quem paga são os animais. Entendeu? Temos que mudar isso! A vaca dá o leite e a pessoa vai e mata seu filho. A galinha dá os ovos a pessoa vai e mata. Que isso? Isso tem que acabar. (Marta E Borges 6 F)
Humanidade não é só a população humana e sim inclui os animais a natureza não depende só de nos humanos, mas sim os animais. Como pessoas acham que os animais não são seres humanos, as pessoas acham que os animais não sentem dor. A humanidade depende  da natureza e dos animais como vai ter gente viva se alguns de nós estão matando cada vez mais os animais, como as vacas, gados. O que nós vamos fazer agora, bem nós  podíamos para e pensar os animais, sentem eles sofrem, choram e o que nos fazemos? Nada os animais fazem parte da nossa vida (Bianca S Gama n 1 6 F).
Os animais têm vida como a nossa mais só que é diferente. Tipo eu tinha um cachorro, mas só que ele morreu, e tipo agora gente chega lá em casa nada, antes ele avisava latia agora não, mas sei-o tá em bom lugar. As plantas são chorosas, bonitas e elegantes minha irmã e eu plantamos um monte elas crescem e caem do muro, mas eu vou e planto de volta. Meu pai tem dois pássaros eles cantam que é uma beleza é muito bonito, eu limpo a gaiola deles, um é bonzinho e outro é bravo (Natalie Batista da Silva 6 F)
A Humanidade é coisa de animais e plantas. Todo mundo diz que planta é planta e animal é animal. Ser humano que pensa que não é animal está enganado, mesmo as plantas são seres vivos, como nós humanos (?)
Frases e Pensamentos de Santo Agostinho:
"Seja a paz a nossa amada e amiga, seja o nosso coração o leito casto para descansar com ela, seja a sua companhia um descanso tranqüilo e uma união sem amarguras, seja doce o seu abraço e inseparável a sua amizade"!
“A ignorância mais refinada é a ignorância da própria ignorância”. 

"Geralmente suspeitamos dos demais o que sentimos em nós”.

“Não te disperses. Concentra-te em tua intimidade. A verdade reside no homem interior”.

“Não podes ser bom amigo dos homens, se primeiro não o fores da verdade”.

“Não basta ser apenas ouvintes ansiosos, mas sim trabalhadores cuidadosos. A escola, em que Deus é o único professor, requer bons alunos.” (Santo Agostinho - Serm. 16A, 1)

"Põe amor em tudo o que fazes e as coisas terão sentido. Retira delas o amor, e elas tornar-se-ão vazias."(Santo Agostinho - Serm. 138,2)

“Na escola do Senhor, todos somos condiscípulos”. (Santo Agostinho - serm. 242,1)
 Frases de S. Agostinho
- "Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo."
- "Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza."
- "Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito a buscar o prazer e evitar a dor."
- "Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você."
- "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."
- "A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."
- "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."
- "A verdadeira medida do amor é não ter medida."
- "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio." 

Hessen, Johannes, Teoria do Conhecimento


UNIVERSIDADE SÃO MARCOS


MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMUNICAÇÃO













Professora Drª Eliane Alcântara Teixeira








APLICAÇÃO DE JORNAL ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL E OUTRAS MÍDIAS

      







José Cláudio Diniz Couto





2010


    

















PROBLEMATIZAÇÃO:

         Os jornais e as mídias estudados como instrumentos para a formação escolar e sua possível aplicação.



HIPÓTESE
          Jornais Escolares e outras mídias podem ser ferramentas eficazes para o amadurecimento lingüístico e artístico e formação de valores para os alunos do Ensino Fundamental.





















     Johannes Hessen que introduziu a Teoria do Conhecimento como uma disciplina da filosofia explica que a essência do conhecimento está estreitamente ligada ao conceito de verdade. Sua obra Teoria do Conhecimento traz no histórico Platão, Aristóteles de Descartes, Espinosa e Kant, assim como Schelling e Hegel, nela procura demonstrar que no fundo a filosofia assume um caráter puramente formal, metodológico. O pensamento filosófico desenvolve-se apoiado em dois eixos: visão de si (microcosmo) versos visão de mundo (macrocosmo). A filosofia, ou o “amor à sabedoria ou aspiração ao saber, ao conhecimento” é uma tentativa do espírito humano de atingir uma visão de mundo, mediante a auto-reflexão sobre suas funções valorativas teóricas e práticas.
     O conjunto de fatores que apresentarei a seguir causou-me certo desconforto suscitando uma hipótese cujo objeto seria o conjunto de variáveis relacionadas ao jornal escolar enquanto ferramenta educacional, a reflexão sobre tais fenômenos propiciaria a almejada apreensão do objeto, ou seja, o conhecimento verdadeiro de Hessen, o conhecimento efetivo em que se defrontam consciência e objeto, sujeito e objeto.
     O contexto da pesquisa restringe-se à consignação de papéis importantíssimos à escola, como cultivo, difusão e transmissão de valores entre os alunos incluindo o universo de suas relações, muitas vezes complementados apenas pela vivência cada vez mais restrita que a criança possua com os pais em casa. Mesmo muito recentemente, as crianças desfrutavam de maior convivência familiar, onde recebiam lições de valores, dentro da mais estrita tradição oral, fator este que aos poucos vem se perdendo. A escola acaba representando importante espaço de convivência, incentivado pelas políticas públicas, em decorrência do incremento da importância do trabalho no seio da família pós-moderna. De maneira que, em algumas situações, a escola substitui as relações familiares. Este problema é enfrentado mundialmente inclusive pelas nações mais desenvolvidas, um sintoma da globalização. Stuart Hall entende que a globalização consiste em permeabilidade das fronteiras nacionais como fator de unificação do mundo, donde as identidades culturais em vias de homogeneização (Hall, 2000), e o caráter pós-moderno da família. O convívio escolar neste contexto constitui-se em um conjunto de interações, no cenário atual, que oportunizará ao estudante experimentar o verdadeiro valor de um aprendizado significativo. Seria a formação do eu no “olhar” do Outro. Lacan explica que quando a criança iniciar relação com o sistema simbólico exterior vivenciará a língua, a cultura e a diferença sexual. “Uma pessoa é definida pelo relacionamento que estabelece com outras pessoas e com outros seres em geral. Nascemos indivíduos, mas a nossa tarefa é nos tornarmos pessoas, graças a relacionamentos mais profundos e mais intricados, mais altamente desenvolvidos.” (Capra, 1998).
     A criança desfruta de amparo e proteção, estando sob a guarda e tutela da sociedade, que impõe regras, limites e leis que visam cercá-la e protegê-la de eventuais perdas e danos que determinadas interações possam lhe causar. Em observância à Lei cinemas, teatros, casas de shows e até programas de televisão apresentam o crivo da intervenção do estado limitando a idade dos expectadores. É temor social de que eventuais interações, confrontadas com a ingenuidade da criança tragam-lhe algum prejuízo, exortam-se aos pais e responsáveis que vigiem e orientem suas crianças para que elas adquiram, mesmo que aos poucos, atitude perspicaz frente às diversas situações que a envolverão durante a vida. Responsabilidade dos pais, responsabilidade da escola também, um espaço não só de educação, mas de convivência construtiva.
     Paulo Freire associa a educação à libertação, não como um ideal abstrato, mas como um desafio histórico. Essa libertação não se dá dentro da consciência dos homens, isolada do mundo, senão na práxis dos homens dentro da história que, implicando a relação consciência-mundo, envolve a consciência crítica desta relação (Freire, 1979). Nos textos e livros que Paulo Freire produziu, podem ser identificadas aproximações com diversas áreas do conhecimento, percebe-se a comunicação como uma delas. Aulas de leitura e interpretação de textos, onde os professores procuram despertar o espírito critico, a partir da analise de diversas situações vividas ou não, contadas e recontadas pelos alunos, é a base não só para a produção como para consumo de textos informativos.
     Freinet na França, assim como Janusz Korczak na Polônia, já imprimiam seus jornais no inicio do século passado época em que os educadores encontravam enormes dificuldades materiais e políticas para executar seus projetos. Hoje, diferentemente, os computadores vieram a facilitar enormemente o trabalho docente, pouco esforço é suficiente para publicar na internet ou imprimir nas modernas impressoras os assuntos convenientemente escolhidos. Porém existe um razoável esforço para ilustrar que, o que há no universo da informação não seja, necessariamente, expressão da verdade. Não se deve crer em tudo, não é por que está impresso em jornais, ou por que aparece na internet que determinado assunto seja verdade. A análise crítica seria uma ferramenta no combate às verdades tendenciosas que as mídias oferecem como fluxos tributários de correntes de pensamentos cujos interesses nem sempre são os mais honestos. A escola disporia, para introduzir e discutir tal conteúdo do mural montado nas paredes que não teria fim em si mesmo. As discussões que provierem de sua leitura poderia ser o caminho para a interpretação critica e cética de sua mensagem. A evolução desse mural seria a impressão mais elaborada no formato de jornal, uma maior divulgação dos temas tratados na sala de aula com a possível ampliação do número de leitores. A impressão de um jornal escolar, cem anos depois de Freinet e Henrich Goldsmith (Korczak), jamais se consistiria em novidade, entretanto seria um degrau no sentido da aquisição das novas mídias, sob o ponto de vista do usuário leitor, ponto número um; número dois, sob a figura do usuário produtor de informações a serem divulgadas nos blogs e sites disponíveis na internet. Nesse caso a produção de um jornal escolar seria uma estratégia da escola com o fito de fornecer à sociedade internautas céticos e comprometidos com os valores e a verdade do que por ventura venham a divulgar no hipertexto, sob os auspícios da metalinguagem, criados e esculpidos como resultado dessas publicações (Castells 1999, p. 354).
     A responsabilidade da escola é muito questionada neste quesito, não podendo se furtar, tanto que sua modernização inicia-se com as lousas interativas plugadas na internet em substituição ao quadro negro. Caberá aos educadores abarcar aquilo que já vai lá fora, no tempo livre dos alunos, de modo a orientá-los favorecendo sua atitude perspicaz frente às ameaças do ciberespaço. A comunicação pode ser um elo articulador entre escola e família na conquista dessa almejada atitude. Este elo seria o objeto de minha dissertação. Meu olhar estaria focado na hipótese de que os jornais escolares e outras mídias poderiam ser ferramentas eficazes para o amadurecimento lingüístico, artístico e formação de valores dos alunos do Ensino Fundamental. Ou seja, as variáveis relacionadas ao jornal escolar corresponderiam ao objeto da minha pesquisa. Hessen afirma que o objeto estaria eternamente separado do sujeito. O pensador entende que há correlação entre sujeito e objeto, pois no objeto há aquilo que ainda é desconhecido, e no sujeito, aquilo que ele é sendo apto a sentir e a querer. Em sua obra Hessen estuda as relações entre o sujeito e objeto e conclui que enquanto o objeto cessa de ser objeto ao separar-se da correlação, o sujeito apenas deixa de ser sujeito cognoscente. A correlação entre sujeito e objeto só não é dissolúvel no interior do conhecimento, ela também só não é reversível enquanto o sujeito apreende o objeto. Ao espreitar o objeto o sujeito disporia de um método científico. O método fenomenológico “procura apreender a essência geral no fenômeno concreto” (Hessen). A pesquisa-ação de Thiolent é caracterizada pela possibilidade de intervenções do sujeito dirigidas ao objeto. "Pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo." (Thiollent, 2005). De modo que a aplicabilidade dessa metodologia na observação do jornal escolar não significaria distanciamento das premissas de Johannes Hessen, pois o transito do pesquisador nos meandros do objeto torna-se necessário na medida em que há viabilidade da construção do objeto enquanto a pesquisa se desenvolve.

Bibliografia:

CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo. Cultrix, 1993
_____O tao da física. Trad. José Fernandes Dias. São Paulo. Cultrix, 1995.
CASTELLS, Manuel, A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, Vol. II e III, FCG
FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1979.
_____Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1982.
_____. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1981.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 4ª. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento, trad. Port., 4ª Ed., Coimbra, A Amado, 1968
THIOLLENT, Michel. Metodologia Ação Da Pesquisa trad. bras. Editora: Cortez Edição. Ed: 2005




UNIVERSIDADE SÃO MARCOS


MASTERS IN EDUCATION, ADMINISTRATION AND COMMUNICATION













Professor Dr Eliane Alcântara Teixeira








IMPLEMENTATION OF ELEMENTARY SCHOOL IN NEWSPAPER AND OTHER MEDIA

      







José Cláudio Diniz Couto





2010


    

















PROBLEMATIZATION:

Newspapers and media studied as instruments for schooling and their possible application.



HYPOTHESIS
School Newspapers and other media can be effective tools for the linguistic and artistic maturity and values formation for students.





















Johannes Hesse who introduced the theory of knowledge as a discipline of philosophy explains that the essence of knowledge is closely linked to the concept of truth. His theory of knowledge brings Plato, Aristotle's history of Descartes, Baruch Spinoza and Kant, as well as Schelling and Hegel, it seeks to demonstrate that deep philosophy assumes a purely formal character, methodological. The philosophical develops relied on two axes: vision of itself (microcosm) verses worldview (macrocosm). Philosophy, or the "love of wisdom or aspiration to learn to know" is an attempt of the human spirit to achieve a worldview, by self-reflection on their theoretical and practical valorativas functions.
The set of factors that will present the following caused me some discomfort arousing a hypothesis whose object would be the set of variables related to school journal while educational tool, the reflection on such phenomena would provide the desired object's seizure, i.e. the true knowledge of Hessen, the actual knowledge that consciousness and object, subject and object.
The context of the search is limited to the assignment of roles, as critical to school cultivation, dissemination and transmission of values between students including the universe of their relations, often supplemented only by living increasingly restricted that the child has with parents at home. Even quite recently, the children enjoyed greater familial, where he received lessons of values within the strictest oral tradition, this factor that gradually comes getting lost. The school has just representing important space of co-existence, encouraged by public policy, because of the increasing importance of the work within the family post-modern. So that, in some situations, the school replaces the family relationships. This problem is faced worldwide including the most developed nations, a symptom of globalization. Stuart Hall understands that globalization consists of permeability of national borders as a factor of unification of the world, where the cultural identities in the process of homogenization (Hall, 2000), and character post-modern family. The conviviality school in this context consists of a set of interactions, in the present scenario, which opportunity students experience the true value of a meaningful learning. I would be the formation of the "look" of another. Lacan explains that when children start relationship with the symbolic system outside vivencia language, culture and sexual difference. "A person is defined by establishing relationship with others and with other beings in General. Were born individuals, but our task is to become people, thanks to deeper relationships and more intricate, more highly developed. "(Capra, 1998).
The child enjoys amparo and protection under the custody and protection of society, which impose rules, limits and laws aimed at surround it and protect it from any damages that certain interactions may cause you. In compliance with the law cinemas, theatres, venues and even television show the sieve of State intervention limiting age of viewers. Is social fear that any interactions, confronted with the naivety of children bring him some prejudice, urged parents and guardians to monitor and guide your children so that they acquire, even if slowly, insightful front on various attitude situations that involve throughout life. Responsibility of parents, school also responsibility, a space not only educational, but constructive coexistence.
Paulo Freire Associates education to liberation, not as an abstract ideal, but as a historic challenge. This release is not inside the minds of men, isolated from the world, but in the praxis of men within the story involving any respect conscience-world, involves critical consciousness of this relationship (Freire, 1979). In the texts and books that Paulo Freire has produced, can be identified approximations with several areas of knowledge, communication as one. Lessons in reading, where teachers seek to awaken the critical spirit, from the review of various situations experienced or not, counted and retold by students, is the basis not only for the production and consumption of informational texts.
Freinet in France as well as Janusz Korczak in Poland already printed their newspapers at the beginning of last century era where educators were huge political and material difficulties to run their projects. Today, unlike computers came to facilitate greatly the teaching job, little effort is enough to publish on the Internet or print in modern printers conveniently chosen subjects. However there is a reasonable effort to illustrate that, what's in the universe of information is not necessarily expression of truth. Shouldn't believe in everything, it isn't why is printed in newspapers, or by appearing on the Internet that particular subject that is true. Critical analysis would be a tool in combating truths biased media offer as streams tributary streams of thoughts whose interests are not always the most honest. The school would have to introduce and discuss such content of mural mounted on the walls that wouldn't end in itself. The discussions that come from your reading could be the way to the interpretation criticizes and skeptical of your message. The evolution of the mural would be the most elaborate print in newspaper format, greater dissemination of subjects dealt with in the classroom with the possible expansion of readership. Printing a school journal, a hundred years after Freinet and Henrich Goldsmith (Korczak), never would consist of novelty, however it would be a step towards the acquisition of new media, under the user's point of view, point number one reader; number two, under the figure of user producer of information to be disclosed in blogs and websites available on the Internet. In this case the production of a school journal would be a strategy of school in order to provide the society netizens skeptics and committed to the values and truth of the event will disclose the Hypertext, under the auspices of the metalanguage, designed and sculpted as a result of these publications (Castells 1999, p. 354).
The responsibility of the school is very questioned in question cannot avoid, so much that its modernization begins with the interactive plugged in internet in replacement to Blackboard. It will be the educators embrace what already going out there in the leisure of students, so as to guide them favoring his attitude insightful threats from cyberspace. Communication can be a link between school and family articulator in conquering this rough attitude. This link would be the object of my dissertation. My eyes would be focused on the assumption that the school newspapers and other media would be effective tools for the ripening, artistic and linguistic training values of elementary school students. IE, variables related to school would correspond to the object newspaper of my research. Hessen asserts that the object would be eternally separate from the subject. The thinker thinks that h á correlation between subject and object, because the object there is what is still unknown, and on the subject, what he is being able to feel and want. In his work Hessen studies the relationships between the subject and object and concludes that while the object is object to separate yourself from the correlation, the subject just crashes be cognoscente subject. The correlation between subject and object just isn't dissolutely inside knowledge, she also just isn't reversible while the taxable learns the object. To pry the object the subject would have a scientific method. The phenomenological method "seeks to seize the essence General in concrete" phenomenon (Hessen). Action research for Thiolent is characterized by the possibility of interventions of subject addressed to object. "Action research is a kind of empirical social research based which is conceived and developed in close association with an action or a collective problem and in which researchers and participants representing the situation or problem engage cooperatively or participatory." (Thiollent, 2005). So that the applicability of this methodology in observation school journal not mean distancing premises Johannes Hesse, because the transit of the researcher in the intricacies of the object becomes necessary insofar as there is feasibility of constructing the object while the search develops.

Bibliography:

Fritjof CAPRA,. Point mutation. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo. Cultrix, 1993
_____ The Tao of physics. Trad. José Fernandes Days. São Paulo. Cultrix, 1995.
CASTELLS, M anuel, the information age: economy, society and Culture, vol. II and III, FCG
FREIRE, Paulo. Cultural action for freedom. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1979.
_____ Education as the practice of freedom. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1982.
_____. Pedagogy of the oppressed. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1981.
H ALL, Stuart. Cultural identity in post-modernity. 4th. Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
HESSEN, Johannes. Theory of knowledge, trad. Eng., 4th ed., Coimbra, Beloved, 1968
THIOLLENT, Michel. Search trad Action Methodology. bras. Publisher: Cortez Edition. Ed: 2005


Brueghel, O Velho

UNIVERSIDADE SÃO MARCOS
MESTRADO EM EDUCAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Professora Drª Eliane de Alcântara Teixeira
José Cláudio Diniz Couto
2010
Pieter Brueghel, O Velho
Pieter Brueghel, pintor flamengo, nasceu por volta de 1527, morreu em 1569, conhecido como Brueghel, o Velho, para distingui-lo de seu filho, também pintor. Seus quadros de costumes, em sua maioria, buscam a vida quotidiana de sua época e, ao mesmo tempo, pretendem interpretar a realidade, algumas vezes com profundidade e outras de maneira anedótica, repletos de pequenos pormenores reais e oníricos. O conjunto de sua produção reflete de modo inevitável, as atribulações de uma época de confusão e de mudanças marcadas pelas guerras de religião. Como Brueghel tinha seu próprio estilo de pintura e não seguia modismos, suas obras nem sempre eram populares. Durante muitos anos as pessoas pensaram que ele era apenas um artista que adorava se divertir e queria fazer as pessoas rirem, por esse aspecto este artista contemplaria o Homo ludens de Johan Huizinga, que procurou demonstrar a presença de certa ludicidade no processo de criação e produção da obra de arte, questionando se o gozo estético do séc. XVIII teria a mesma intensidade de hoje, seria uma exaltação religiosa ou uma espécie de curiosidade cujo fim último teriam sido o divertimento e a distração (Huizinga, Johan, 1980, p 223 – 224).
Brueghel é Homo ludens e mythologicus, sua inspiração traz a Grécia Antiga para conviver em seu tempo. Em A Queda de Ícaro uma minúscula referencia dentro de um panorama renascentista representa o mito e todo o contexto onde pai incita o filho à prudência, a curiosidade juvenil de Ícaro oposta à experiência de um Dédalo maduro, e a ousadia de Ícaro como um dos aspectos da mente humana: arriscar e retrair frente aos impulsos curiosos. Nessa obra, Brueghel contextualiza o trabalho como força modificadora da natureza, coadjuvante da adaptação do homem antropocêntrico do renascimento ao meio, é a faceta do Homo faber do artista. Como também sua faceta de Homo economicus é nitidamente demonstrada quando denota toda a pujança econômica de seu tempo ao representar o ícone de riqueza da época: o navio mercante.
Pieter Brueghel em seu trabalho converge para a representação do homem desconstruído e reconstruído por Edgar Morin como um ser complexo que figura nas várias bandas espectrais do gênero Homo sapiens – ludens – economicus – faber – mythologicus. No ensaio “Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios” encontram-se às p. 91 e 92 a desconstrução desse ser humano, e a concepção de um ser mutilado, no qual o autor afirma que, como é de conhecimento de todos: o Homo sapiens é dotado de razão e - não sendo privilégio de ninguém - é um ser também delirante. Em diálogo com Castoriades - que adorava dizer que o homem é este animal louco, cuja loucura criou a razão - Morin conclui que Homo é sapiens e demens, e que não há uma fronteira nítida entre o delírio e a razão, corrobora esta conclusão lembrando a posição de Nietzche que dizia que entre estes extremos existe a genialidade. A partir daí Morin traça paralelos, primeiro afirma que o homem não é apenas faber, como também é ludens, estribando-se em Johan Huizinga, para quem o jogo não se resume àqueles das crianças, pois há toda uma gama de entretenimentos adultos, o sentimento lúdico nos acompanha por toda a vida e aqueles que não o têm, possuem uma vida inacreditavelmente triste. Em outro paralelo, Morin diz que homo não é apenas economicus como também o é mythologicus, dado que, conforme explica: vivemos de mitologia, sonhos e imaginário.
Edgar Morin conclui que este conjunto é a concepção complexa do ser humano. Sendo o ponto de vista do autor muito aquém e além do estudo da condição humana na religião dos conhecimentos e das disciplinas (Morin, 2005, p. 91-92). Neste caso as facetas de Brueghel expressas tão claramente em sua obra permitiriam, em conjunto, ao sujeito uma apreensão palatável de um objeto cuja visualização iluminaria um ser que busca a completude diante de seu caráter plurifacetado. Sujeito que encontraria em si as explicações que nem mesmo a clareza da ciência seria capaz de explicitá-lo.
Algumas Obras de Brueghel
A Queda de Ícaro
O mito é cíclico, enquanto o homem da renascença vê a coisas de forma organizadamente temporais.
Jogos Infantis
Crianças brincam retratando as coisas do tempo do momento presente
Caçada na Neve
O homem age tentando modificar a realidade
A Dança
Desejos antropocêntricos com fundo religioso
O Triunfo da Morte
Caminho para o barroco claro e escuro tonalizando o drama, o lado espiritual transparece
Provérbios Flamengos
A cegueira seria um sinônimo da ignorância
O Casamento Camponês:
Cena de uma festa onde se encontra de tudo menos os noivos
“Luta entre o Carnaval e a Quaresma”.
Dois momentos a alegria do carnaval e a preparação para a quaresma
Fontes:
Farting, Stephen, 501 Grandes Artistas, trad. Bras. 1ª Ed. Rio de Janeiro, Sextante, 2009, p.109
Bibliografia:
Huizinga, Johan, Homo Ludens: o jogo com elemento da cultura, trad. Bras., 2ª Ed. São Paulo, Perspectiva, 1980, p 223 – 224;
Morin, Edgar, Educação e complexidade: os sete saberes e outros ensaios, trad. Bras., 3ª Ed. São Paulo. Cortez, 2005, p. 91-92
Sites:
www.passeiweb.com/saiba_mais/biografias/p/pieter_brueghel
http://mitologia.blogs.sapo.pt/54997.html
Pesquisa de imagens em Google: Pieter Brueghel obras imagens