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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Arte Essência da Vida


Arte

Mesmo antes do paleolítico o homem procura externar o que vai por dentro, sua interpretação das coisas do mundo, existem provas disso nas inscrições rupestres espalhadas pelo mundo. Inclusive o homem moderno guarda muito a tendência de explorar formas de expressão artísticas mesmo sem o devido estudo, de forma primitiva utilizando o corpo e a alma procura expressar-se nos muros e nas paredes das cidades e das escolas de forma que todos possam ver a sua arte e admirar sua forma de expressão. Sabe o autor que sua arte será criticada e muitas vezes arrisca-se a fazê-la exatamente para ser criticado, talvez por que interesse a ele autor tocar o outro para o bem ou para o mal. Quem sabe os alunos executem seus grafos justamente para tocar o intocável, ou a administração da escola, ou mesmo a si próprios numa investigação de suas potencialidades artísticas.
 A discussão importante pode estar aí: o que leva o aluno a riscar as paredes e os pichadores as cidades? 
Arrisco a responder que, quem sabe o motivo esteja relacionado, de certa forma, a mesma verve que levou o Homo de Cro Magnon a executar sua arte nas cavernas da França, deixando-nos aquelas belas e inestimáveis cenas, há mais de vinte mil anos, documentando a história; Ou o movimento que levou a civilização egípcia expressar toda sua arte como expressou; Da mesma forma os gregos clássicos cujo movimento cultural redundou na base da cultura ocidental; Talvez este mesmo estudo de milênios redundaram na maravilhosa arte surgida com o renascimento onde mortais como Michelangelo arriscam a representar a Deus o Criador com todo o seu fascínio e ternura imortais, cinzelando  o sofrimento de Pietá na rocha dura e inanimada.
O que leva o homem a querer manifestar seus sentimentos seus contentamentos suas lagrimas e lutas? Quem sabe queira conquistar a glória do próprio Deus que se dispôs a interpretar através de sua arte, seu ímpeto criador, vislumbrar sua criação além do vislumbre da simples sobrevivência.
A vida das pessoas tem arte, e sua arte é expressa nos mínimos gestos, fica exuberante no entanto, quando a luta pela sobrevivência já não importa,  já não pesa tanto, e o autor da obra, o artista, pode dedicar-se unicamente a desenvolve-la através dos desígnios de sua vida.
São poucos artistas como Michelangelo, que vieram prontos a interpretar seu mundo interior de forma clara e bela. Entretanto, o impulso criador que atingiu os grandes artistas, atinge igualmente o pichador e o aluno pichador tal como o depredador. Somos todos seres vivos passando num curto espaço de tempo por essa única vida, dispostos a deixar nossas marcas e documentar nossas emoções.
Viver é um milagre difícil de entender e muitos de nós não entendemos muito bem o fim da vida, pois não associamos a morte como um fato relevante dela, as religiões concorrem pela primazia da explicação a continuidade da vida post mortem, contudo o que é real, é que a morte marca o fim de uma vida. Enquanto se vive, se quer mostrar que viemos para sermos bons e que o motivo que nos trouxe aqui foi para fazer apenas o bem, e principalmente para vivermos felizes e tornarmos nosso próximo feliz.
A arte cumpre bem este papel além de fazer o bem e de transformar a vida de seu autor para melhor, pois enquanto se faz também aprende, se reconhece. Ao submetê-la ao próximo deseja-lhe tocar-lhe e impressionar sua mente com o produto de sua criação onírica, a obra de arte.


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